sábado, 6 de março de 2010

Entrevista: O terremoto no Chile

É de conhecimento mundial atualmente a série de terremotos que estão acontecendo no Chile. A cidade de Concepción ficou destruída depois dessa tragédia, e muitas pessoas morreram, estão sem casas e enfim... Mas, por vezes, há detalhes que nós, meros espectadores e visionários parciais da situação, não percebemos ou não chegamos a saber. Em vista disso, fiz uma "entrevista" com Javiera Paz Castro Reyes.
Javiera tem 16 anos e mora em Santiago, capital chilena. Ela disse que o terremoto começou exatamente às 3:34 da manhã, e foi uma surpresa, pois ela dormia. "Todos dormíamos quando tudo começou a chacoalhar, as coisas caíam e algumas casas se rompiam em pedaços. Eu moro em um apartamento, por isso achava que tudo viria abaixo, mas por sorte é muito resistente. Meus vizinhos choravam, gritavam, enquanto outros - como eu - mantivemos a calma, ainda que por dentro sentíssemos que era o fim do mundo".
Quanto à origem do terremoto, nem a própria população chilena está bem informada sobre o assunto. O epicentro do terremoto foi a 115km de Concepción, maior cidade do país depois de Santiago. E essa é uma das poucas informações claras. "O que aconteceu foi terrível. Ainda estamos nos questionando sobre as razões disso, sobretudo porque o clima estava mudando antes de acontecer o terremoto. A lua estava muito bonita, alaranjada. Inclusive, alguns pensam que [o terremoto] aconteceu por causa do projeto HAARP. Ninguém sabe..." Caso você não saiba, HAARP é uma sigla para High Frequency Active Auroral Research Program, que é um projeto norteamericano que visa a construção e aperfeiçoamento de máquinas para modificar e controlar a meteorologia. A discussão ocorre pelo fato de se dizer que isso é uma ameaça para o clima e para o meioambiente.
E igualmente trágicas são as consequências do terremoto. Não somente as sequelas físicas e geográficas. Javiera disse que logo após o terremoto houve um espírito de solidariedade entre os vizinhos, mas ao mesmo tempo houve saques, e até alguns egoístas que se dedicaram a vender (!) água. "Acho que isso conseguiu aflorar a verdadeira identidade de muitos". Depois do grande terremoto de 8,8 graus na escala Richter, continuam ocorrendo pequenos terremotos. Segundo Javiera, os chilenos estão agora mais preparados pra esses terremotos, apesar de eles não causarem muito dano. Mas de todo modo, ainda há lugares em que as pessoas estão muito mal.
Sem dúvida, o fato é impressionantemente desgraçado. Javiera terminou seu depoimento com as seguintes palavras: "E ainda seguem aparecendo mortos, por causa do tsunami e dos abalos. É... terrível! Não há outra palavra pra isso".

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