A rua tava deserta. Só um poste pra iluminar o ambiente. Nada positivo. Mas também, andar na rua a essas horas dá nisso, né. Que difícil viver. A mulher que tá dentro do carro se retrai à medida em que me aproximo. Ela deve achar que eu vou assaltar ela. Tomara que ela se arrependa por achar isso de mim. E eu não assaltei, claro.
Três construções. Uma seguida à outra. E a placa de "Cidadãos do Morumbi, deem as boas-vindas à Polícia Científica". Grande merda. Construção sempre remete a perigo. E não é que foi? Dois caras saltaram de trás dos tijolos e a abraçaram violentamente. O pior não foi isso. Ih, melhor num fuder isso aí, não. Que é brucutu.
Brucutu. E a palavra nunca mais saiu da cabeça de Eva Maria. A primeira e mais pura das mulheres se mantinha como pura, mas nunca como a primeira. Levaram joias, mas não levaram o cabaço, que se Deus não agraciou com beleza, compensou em bele$a bancária.
O susto não passava, mas os dias...
E por acaso, no happy hour do escritório, o nerdinho típico roubou um selinho. Sabe Deus como, terminaram na cama. Aí sim, ela ficou bonita.
eu sempre faço comentários muito pertinentes.
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