sexta-feira, 17 de junho de 2011

O ranger da porta

A rua tava deserta. Só um poste pra iluminar o ambiente. Nada positivo. Mas também, andar na rua a essas horas dá nisso, né. Que difícil viver. A mulher que tá dentro do carro se retrai à medida em que me aproximo. Ela deve achar que eu vou assaltar ela. Tomara que ela se arrependa por achar isso de mim. E eu não assaltei, claro.


Três construções. Uma seguida à outra. E a placa de "Cidadãos do Morumbi, deem as boas-vindas à Polícia Científica". Grande merda. Construção sempre remete a perigo. E não é que foi? Dois caras saltaram de trás dos tijolos e a abraçaram violentamente. O pior não foi isso. Ih, melhor num fuder isso aí, não. Que é brucutu.


Brucutu. E a palavra nunca mais saiu da cabeça de Eva Maria. A primeira e mais pura das mulheres se mantinha como pura, mas nunca como a primeira. Levaram joias, mas não levaram o cabaço, que se Deus não agraciou com beleza, compensou em bele$a bancária.


O susto não passava, mas os dias...




E por acaso, no happy hour do escritório, o nerdinho típico roubou um selinho. Sabe Deus como, terminaram na cama. Aí sim, ela ficou bonita.

Um comentário: